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Como é que as ideias na GoodBarber surgem?

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Antes de criarmos a GoodBarber, éramos das poucas empresas a desenvolver aplicações para iPhone.
Neste período, as app builders ainda não existiam. As funcionalidades que desenvolvíamos eram determinadas pelos pedidos dos clientes - eles diziam quais as suas necessidades e nós desenvolvíamos a funcionalidade adaptada ao produto. Por exemplo, nós criamos a primeira versão da M6 Replay App que apresentava o famoso canal Francês que poderia ser visto em broadcast ou mesmo a app para a Agência Europeia Espacial, e mostrar o foguete Ariane em direto. 

As coisas correram bem mas nós por cá queríamos ir mais além. Nós começámos a sonhar sobre a GoodBarber
Com a criação da GoodBarber, o nosso modelo de desenvolvimento de apps mudou. Alterámos o nosso mindset anteriormente orientado para prestação de serviços, agora focado no desenvolvimento do produto com o objetivo de dar a possibilidade a qualquer pessoa, criar apps de alta qualidade a metade do preço do que custa contratar um programador. 

Construir uma plataforma como esta requer fazer escolhas de acordo com as necessidades do nosso produto. Como tal, quisemos criar algo universal, não apenas focado nas necessidades gerais das mobile apps mas também dar resposta até aos projetos mais especiais. 

Se fizermos uma análise daquilo que conquistámos até ao dia de hoje, não temos dúvidas de que a GoodBarber muito evoluiu e melhorou. Não digo que com isto podemos dar resposta a qualquer funcionalidade requerida por cada projeto individual.  Trabalhamos arduamente para desenvolver novas funcionalidades e escolhemos aquelas que fazem mais sentido para o nosso produto final. 
Para conhecer um pouco mais sobre a GoodBarber e saber como é que as novas funcionalidades são implementadas, fiz algumas questões à Lesia (a nossa diretora artística).

Lesia, de onde vem a tua inspiração para desenvolver novas funcionalidades?

É um mix entre algumas fontes de conteúdo :)

Regularmente costumamos organizar eventos para gerar novas ideias, tais como "Game Storming". Somos colocados em equipas e temos que nos posicionar na pele de um user que trabalha num determinado sector. O objetivo é imaginarmos que tipo de problemas eles podem encontrar e como os podemos resolver.

Também me inspiro no meu dia-a-dia. Observo as pessoas à minha volta e penso em pequenas coisas que fazemos, inconscientemente e que poderão trazer bastantes melhorias nas apps mobile. Ao gerir estas informações, muitas ideias acabam por surgir.

Nós participamos em vários eventos e convenções tais como Collision em Las Vegas e também tento fazer parte de pequenos eventos na comunidade local onde novos serviços, start-ups e pessoas podem ser descobertas. É uma excelente forma de estimular a mente e de pensar em novas ideias. 

Por que processos passas até chegar à execução?

Geralmente, começo por escrever e definir a ideia no papel. Faço o registo dos conceitos chave e penso nas mudanças que esta ideia poderá trazer para cada equipa. A equipa de desenvolvimento do produto é gerida por Sébastien, Dumè e pelos gestores da equipa web e programadores da versão nativa das apps. 

Começamos a discutir as primeiras ideias e, posteriormente, algo mais consistente acaba por surgir. Isto permite começar a trabalhar no interface em termos de design e ter feedback do produto. Assim que o interface é validado, a nova funcionalidade é adicionada no scrum. O scrum master organiza o desenvolvimento do produto por fases e faz o delineamento do plano.

Assim que o desenvolvimento termina, passamos por um teste final em todas as plataformas, antes da nova funcionalidade ser lançada. 

Quais os desafios mais comuns que encontras no desenvolvimento de novas ideias?

"Criar Beautiful Apps para iOS e Android" é o nosso slogan. O maior desafio vem desta mesma frase - ser capaz de criar algo beautiful e que resulte da mesma forma em todas as plataformas respeitando as limitações de código de cada uma. 

Que tipo de ideias são propícias a serem rejeitadas?

Quando desenvolvemos um novo produto, é importante manter o nível de consistência pelo mesmo e não nos desviarmos do que projetamos inicialmente. Em geral, todas as ideias que não fazem sentido são simplesmente eliminadas. 

Quando alguém apresenta uma nova ideia, tento sempre ter em mente um conselho do livro Getting Real, capítulo "Começar com o Não ". 

Quanto tempo te leva a desenvolver uma nova funcionalidade?

O nosso scrum baseia-se em 3 semanas de sprints. Dependendo a complexidade de cada funcionalidade, o desenvolvimento pode ir entre a 1, 2 ou mesmo 3 sprints. 

O que é mais difícil: adaptar o design às novas funcionalidades ou fazer o desenvolvimento de raís?

Ambos! Mas geralmente é mais difícil converter e reproduzir o interface e respectiva experiência do utilizador. Isto requer alguma química entre o desenvolvimento dos APIs, implementação no back office e o lançamento final na versão nativa e web. 

Podes partilhar connosco alguns dos teus projetos futuros?

Depois desta entrevista exaustiva, estou a pensar tirar 15 dias de férias, algures num lugar sem internet... não muito longe daqui. Ai sim, surgirão as melhores ideias! 
Traduzido por Catarina Crespo